Alegria nos Pés

Enquanto escrevo este artigo, imagino como seria bom se os atletas mirins que treinam no Campo do Estaleiro, em Nova Contagem, pudessem cuidar dos próprios destino do mesmo jeito que cuidam da bola de futebol.

A pelota, este “utensílio” que parece ter vida própria, ganha domínio na alegria dos pés de quem joga com o coração, corre das “bocas” e busca os raros lugares nas quebradas em que ainda não foram batizados com sangue derramado pelo fogo ou pelo aço.

Desejo que quem estiver lendo este texto, proceda como um gênio, e conceda, se não três, pelo menos um desejo: ajude um grupo de meninos na busca por sonhos do tamanho da imensidão azul do céu. Eles desejam precisam viver seguros, saudáveis e protegidos, uma vez que vivem em área de vulnerabilidade social por causa de uma série de fatores, dentre estes, as violências diversas e outros males.

Ah, se pudessem cuidar dos próprios destinos do mesmo jeito que cuidam da bola de futebol… Dariam “canetas” desconcertantes nas necessidades básicas para sobrevivência, driblariam as “catimbas” burocráticas de gente que poderia ajudar, se quisesse, mas que não fez e nem faz questão nenhuma. Além disso, seria cada chapéu na fome! – Tem gente que nem desconfia, porém muitos destes pequenos atletas praticam esportes sem nem ao menos ter tomado café da manhã.

Carlos Alberto, o “Carlinho” treina, de modo voluntário, Diogo Mateus, Werik Leonardo, João Victor Lima e Hugo Gonçalves Rodrigues, além de outras 36 crianças. Colabore com o projeto! Sua ajuda é vital para que a dura realidade não reduza a pó, os sonhos e os sonhadores. (Autor: Wilson Albino Pereira)