Zé Cote, a Viola e Deus

José Eustáquio Vieira Alves, ou “Zé Cote”, ou ainda, “Zé da Viola”, tal qual muita gente o conhece,  nasceu em Campo Alegre, Esmeraldas – MG, em 6 de outubro de l945. Há 60 anos mima as cordas de sua viola todos os dias. “Tenho 72 anos. Se eu não tocar sempre, minhas mãos encarangam”, afirma. Enquato conversámos, seus dedos brincavam no braço da viola. Tocava suave.

“Quando é dia de apresentação, chego bem cedo e levo comigo alegria para o povo” – Foto: Wilson Albino Pereira

Entre um sorriso e outro, Zé Cote falou sobre como é boa vida de artista. “O músico tem de ser o primeiro a chegar nas festas”, revela. “Quando é dia de  apresentação, chego bem cedo e levo comigo alegria para o povo”, diz. “Quanto maior o público, maior é minha vontade de me apresentar”, confessa. Zé Cote, além de tocar e cantar, coordena a Folia de Reis em Bambus; Ele é também “Benzedeiro”. Quando falou sobre a organização  da folia,  ele alegrou-se ainda mais. “Na hora certa da folia sair, não importa nem se está chovendo”, informa. “A bandeira segue em frente, e a gente segue junto”, confirma. Em relação as benzições, Zé Cote diz que se alguém alcança graça por meio de suas rezas, “quem trabalha é Deus, eu só sirvo Ele. Tenho muita fé,” declara. “Tudo, tudo, tudo quem faz é Deus”, finaliza.

Winson Albino Pereira