Lucro da Vale cresce 3% e atinge R$ 8,6 bilhões no 1º trimestre, apesar de queda na produção
A Vale registrou um lucro líquido de R$ 8,6 bilhões no primeiro trimestre de 2025, um crescimento de 3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar disso, o resultado em dólares caiu 13%, fechando em US$ 1,4 bilhão, refletindo a valorização do real e a queda do preço do minério de ferro no mercado internacional.
A produção de minério de ferro teve retração de 4,5%, somando 67,6 milhões de toneladas, impactada por chuvas intensas no Pará, atrasos em licenças e paradas para manutenção em Minas Gerais. Ainda assim, as vendas cresceram 3,6%, com a utilização de estoques para contornar restrições de embarque na região Norte.
O preço médio do minério vendido caiu 9,8%, para US$ 90,8 por tonelada, o que contribuiu para a queda de 4% da receita líquida em dólares, totalizando US$ 8,1 bilhões. Em reais, no entanto, houve alta de 13%, com a receita chegando a R$ 47,6 bilhões.
Outros destaques:
- Níquel: produção subiu 11,1% e as vendas, 17,5%.
- Cobre: alta de 11% na produção e 6,6% nas vendas.
- Ebitda ajustado: caiu 8% em dólares, para US$ 3,2 bilhões.
- Investimentos: a Vale aplicou US$ 1,2 bilhão (R$ 7 bilhões), queda de 15%, já refletindo a revisão para baixo do orçamento de 2025, que passou de R$ 37,5 bilhões para R$ 33,6 bilhões.
O presidente da Vale, Gustavo Pimenta, destacou que o resultado foi sólido mesmo diante da volatilidade do mercado e reafirmou o compromisso com a estratégia “Vale 2030”, que busca tornar a companhia mais resiliente.
O corte nos investimentos, apesar de seguir o novo planejamento, contrasta com o recente anúncio de R$ 70 bilhões em novos projetos ao lado do presidente Lula, apontando para uma reaproximação estratégica com o governo federal.