Morre, aos 85 anos, o ator Flávio Migliaccio

Flávio Migliaccio morreu no sítio dele em Rio Bonito, no interior do estado. O ator, que participou de mais de 30 novelas e minisséries, deixa um legado de alegria e de leveza.

Morreu na manhã desta segunda (4), no Rio, aos 85 anos, Flávio Migliaccio, um dos atores mais queridos e mais talentosos do Brasil.

Paulistano do Brás, Flávio Gomes Migliaccio começou a carreira no Teatro de Arena em 1954. Nos anos 1960, participou de filmes com “Terra em transe”, de Glauber Rocha.

Foi convidado a trabalhar na TV Globo em 1972. Ao lado do ator Paulo José, formou uma dupla de mecânicos atrapalhados na novela “Primeiro Amor”. O sucesso foi tanto que os personagens ganharam um seriado próprio. A oficina ambulante de “Shazan, Xerife e Cia.” marcou época.

Logo depois, ele criou o personagem “Tio Maneco”, que rendeu mais produções na TV e vários filmes no cinema.

“Eu era louca pelo Tio Maneco e eu tive a sorte de trabalhar com ele durante cinco anos no ‘Tapas e Beijos’, ele fazendo Seu Chalita”, lembrou a atriz Fernanda Torres.

Foi destaque no programa “Viva o Gordo”, de Jô Soares.

Flávio Migliaccio tinha 85 anos e morreu no sítio dele em Rio Bonito, no interior do estado do Rio. Segundo a Polícia Militar, a causa da morte foi suicídio.

Foram 66 anos de uma carreira marcada por personagens populares e divertidos. Flávio Migliaccio, que, além de ator, foi roteirista e diretor, participou de mais de 30 novelas e minisséries, e deixa um legado de alegria e leveza.

O palestino Mamede, em “Órfãos da Terra”, foi seu último trabalho na televisão, em 2019.

“Vou sentir muita saudade, muita falta. Falta também do humor que ele possuía. Essa era uma característica do Flávio Migliaccio, o humor”, disse a atriz Nicete Bruno.

Flávio está no ar em “Êta Mundo Bom!”, no Vale a Pena Ver de Novo.

“A gente sente ainda mais uma pessoa que era divertida, era alegre, era gostoso trabalhar com ele”, afirmou o ator Mário Mendonça.

“Eu queria aproveitar essa oportunidade para agradecer a você, meu grande amigo, tudo o que você fez pelo teatro, pelo cinema, pela televisão. Vá com Deus”, disse o ator Ary Fontoura.