A trajetória de Alves: O filho ilustre de Esmeraldas

Mirianne Torres

Se o ano de 1971 é um ano emblemático para o Atlético, pela conquista do campeonato brasileiro. Imagine para um garoto recém-chegado à base alvinegra, vindo de Esmeraldas, com apenas 14 anos, e a expectativa de dá certo em uma das profissões mais concorridas do país. Essa era a realidade de Feliciano Alves Dinis filho, o Alves.

Chegou no bairro de Lurdes, a convite de Barbatana, para um teste. Após um amistoso entre o Campolina, clube que defendia desde os 11 anos, e o Atlético, clube que o projetaria nacionalmente. Antes na “volância”, passará a ser o lateral-direito.

Foi na lateral do campo que viveu um dos momentos mais marcantes da carreira, pelas quartas de final do Brasileiro, de 1978: “O Bahia tinha feito um a zero e, quando eu olhei, o lateral tinha me dado um carrinho por trás, mas antes da bola sair, conseguir cruzar, nós saímos do campo. E o Mineirão começou a vibrar, os jogadores viram pra cima de mim, e eu perguntando o que tinha acontecido, tinha feito um gol olímpico.”

Depois de 10 anos no Atlético, rodou o país, em quase todos os principais eixos do futebol nacional. Mas adverte ser esmeraldense nato e, sempre que podia seja nas férias ou nas folgas sempre passava na cidade. Onde é nascido e criado, e destaca que sua esposa e dois dos três filhos são da terra que tanto ama.