Reajuste Salarial em BH: Prefeito e Vereadores Podem Ter Aumento de 27%

O salário do prefeito e dos 41 vereadores de Belo Horizonte poderá sofrer um reajuste de 27% em 2025, conforme articulação iniciada pelo Sindicato dos Auditores de Tributos Municipais de BH (Sinfisco-BH). Caso a proposta avance, o prefeito passará a receber R$ 44.918,19, enquanto os vereadores terão vencimentos de R$ 23.370,56.

A justificativa para a solicitação do aumento é que o teto salarial dos auditores municipais é atrelado ao salário do prefeito, o que impacta diretamente os vencimentos da categoria. Segundo o Sinfisco, a recomposição salarial busca corrigir perdas inflacionárias desde 2020, período em que ocorreu a última atualização para prefeitos e vereadores.

Tramitação da Proposta

A medida depende de um projeto de resolução na Câmara Municipal, que precisa do aval de quatro dos seis integrantes da Mesa-Diretora para ser protocolado. O percentual total de recomposição inflacionária desde 2020 é 33,46%, mas o sindicato pleiteia um reajuste menor para minimizar os impactos financeiros.

O reajuste beneficiaria também o vice-prefeito e os secretários municipais, cujos salários estão vinculados ao do prefeito. A proposta foi mencionada na reunião do colégio de líderes da Câmara, mas ainda não avançou oficialmente.

Apoio e Argumentos

A vereadora Michelly Siqueira (PRD) defendeu a recomposição, afirmando que a correção inflacionária é um direito garantido pela Constituição e ocorre regularmente para outras categorias do funcionalismo público. O presidente da Câmara, Juliano Lopes (Podemos), ainda não tomou posição definitiva sobre a proposta.

A Prefeitura de BH foi procurada para comentar o tema, mas não se manifestou até o momento. Também não há projeções do impacto financeiro caso o reajuste seja aprovado.

Histórico da Discussão

A possibilidade de aumento salarial para os vereadores já havia sido discutida em novembro de 2024, quando um reajuste de 32,25% foi cogitado. Na época, a proposta não avançou devido à resistência de alguns parlamentares e ao entendimento da procuradoria da Câmara, que apontou que reajustes deveriam ser definidos antes das eleições municipais.

Agora, com uma nova articulação em andamento, a discussão sobre os contracheques do Executivo e Legislativo municipais volta ao centro do debate político em Belo Horizonte.

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