Aumento de casos de depressão no Brasil: Belo Horizonte registra o segundo maior índice entre capitais
A depressão, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o “mal do século XXI”, tem apresentado crescimento significativo no Brasil. Dados da pesquisa Vigitel 2023, realizada pelo Ministério da Saúde, indicam que 12,3% da população adulta nas 26 capitais e no Distrito Federal relataram diagnóstico médico de depressão, um aumento em relação aos 11,3% registrados em 2021.
Belo Horizonte destaca-se negativamente nesse cenário, apresentando o segundo maior índice entre as capitais: 17,4% dos adultos na capital mineira foram diagnosticados com depressão em 2023, um aumento em relação aos 17,2% de 2021. Porto Alegre lidera com 21,8%.
Recentemente, o padre Fábio de Melo, de 53 anos, trouxe novamente à tona a importância da saúde mental ao anunciar uma pausa em sua carreira para tratar a depressão. Em suas redes sociais, o religioso compartilhou que, apesar de sua fé e sucesso profissional, enfrenta desafios emocionais significativos. “Minha recuperação não está sendo fácil, ainda estou me sentindo muito debilitado emocionalmente”, declarou.
Especialistas apontam que a depressão resulta de uma combinação de fatores, incluindo vulnerabilidade genética e estresse ambiental. O psiquiatra Rodrigo Huguet, membro da diretoria da Associação Mineira de Psiquiatria, explica que a predisposição genética, aliada a altos níveis de estresse e ansiedade, pode aumentar o risco de desenvolvimento da doença.
A conscientização e o diálogo aberto sobre a saúde mental são fundamentais para combater o estigma associado à depressão e incentivar aqueles que sofrem a procurar apoio profissional e comunitário.